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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Vida, inconstante por natureza

Crise existencial? Não sei. Não me reconheço. Quem sou eu? Digamos que eu responderia "eu". Estranho. Parece que sei, mas não sei não. Se lhe perguntam quem é você, você responde o que? Eu? Vago, muito vago. A essência? A necessidade? Para que fins uma pessoa vem a existir? Não sei. Preciso saber. Mas eu nem me conheço. A melodia soa. A vida corre. O tempo se esgota. Permaneço estagnada. O fim se aproxima. Continuo constante. Tudo vai, tudo volta. Mas... e eu? O que faço? Para onde vou? Permaneço no mesmo lugar? Naquele de que nunca sai? Instinto. Não tenho. Se tenho, é falho. Bem que eu poderia ter. Eu sei. Sei que o mundo é egoísta. Inúmeros são os rostos que me olham, mas poucos são aqueles que algo me dizem. Só o que vejo é um puro, total e completo vazio. Será  que não percebem a aflição de um eu que não se conhece? Por Deus, a angústia tortura. Respostas. Respostas. Por que não as tenho? Não sei. Só sei que a dor machuca e que a frustração é traidora. Mas isso é pouco. Para mim não basta. Não aceito meias verdades. Não aceito meias mentiras. Porque não conhecer a si próprio é como estar e não estar. É como perder a noção. Não conhecer a si próprio é como ser. É como ser sem nunca saber que um dia existiu.

Giovana da Rocha

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