Aquele jeito, que asco me dá!
Aquelas palavras, tão suaves e macias,
Quem diria!
O olhar que brilha, como alguém encantado,
É mentira!
Na contramão do caminho, a sargenta:
Tão insensível e inabalável
A sargenta
Que de sargenta nada tem!
Que de sargenta nada tem!
É tudo mentira
Nem ele, nem ela
Nada
Nenhum deles existia!
Amigos, abram os olhos!
Nunca, em hipótese alguma, se deixem levar:
O jeito grácil, quase inofensivo, é mentira!
Que horror, que repúdio me dá!
Mulheres e homens, escutem:
As palavras doces que embevecem,
Empacotam a alma e te levam ao paraíso
São insultos, deboches
Atentem-se!
E, em hipótese alguma, se julguem diferentes
Vai ser mentira!
Pois somos todos iguais
Os olhares que brilham
Não têm brilho algum
Eles apenas refletem:
Refletem o brilho das carnosas e fedorentas fezes
Evacuadas e declamadas com muito esmero,
Pensadas em você!
Não se deixem levar pelos olhares,
Eles até existem,
Mas brilham para qualquer tolo:
Brilharam para mim,
E mal vêem a hora de brilhar por você
Tire essa farda suja e mentirosa,
Jogue-a fora!
Você não é tão forte,
Você também quer aceitar as mãos suaves
Você não é tão forte,
Você também quer aceitar as mãos suaves
E as palavras doces e macias!
Então repito:
A farda não faz o sargento,
A farda não faz o sargento,
E sargentos não existem
O mundo é dicotômico:
Há os brutos e os frágeis
Há os brutos e os frágeis
E, é claro, alguns brutos bem trajados
Por isso, prefiram os olhares tolos
Os jeitos bobos e que não encantam tanto
Tudo, quando brilha e parece perfeito demais,
É mentira!
Repito o conselho:
Repito o conselho:
Usar farda não te torna sargento
E sargentos não existem
O mundo é dicotômico
O mundo é dicotômico
Há brutos e frágeis,
E antes tolo do que bruto
Pois o tolo não machuca
E não te entorpece com mentiras
Giovana da Rocha
E antes tolo do que bruto
Pois o tolo não machuca
E não te entorpece com mentiras
Giovana da Rocha