Queria deixar de sentir o que sinto por você.
Thoughts and Feelings
Pesquisar este blog
segunda-feira, 18 de outubro de 2021
sábado, 26 de junho de 2021
Registro Reflexivo - 25.06.21
As nossas falas podem despertar no outro inúmeras possíveis e imprevisíveis respostas. Quando penso assim, às vezes me assusto. Mas sei que tá tudo bem. O compromisso não pode ser com as expectativas do outro, mas com nossas ideias e valores.
A vida vai aos poucos dando um jeito de cobrar a nossa voz ativa. Expressar-se é ter a coragem de colocar-se frente ao julgamento alheio. Conforme conheço a liberdade de permitir-se ser, a vida vai me lembrando que o peso de angústias, conflitos e frustrações não supera a serenidade e a paz de espírito daquele que age seguindo a própria verdade.
Deus comunica-se por meios abstratos
Reconecto-me de tempos em tempos - e a cada sopro que a vida dá. Reconheço-me abençoada, integrante de um infinito divino e complexo. Deus nos atribuiu características óbvias e algumas nem tanto (que é pra dar graça, fazer a gente descobrir conforme vai aprendendo com a vida). Me fez falante caricata mas também, pra surpresa minha e de outros tantos, uma ouvinte sensível (descoberta recente - de meados do último ano). Aproveito para agradecer esse par de amigos curiosos (vulgos ouvidos, novos aliados de meus olhos)... Eles muito acrescentam nessa missão que é (re)conectar-me a Ti. Hoje cedo procurei-te e você, abstrato e sempre generoso, comunicou-se com a clareza necessária. Bagunçou carinhosamente meus cabelos, os galhos e folhas do entorno. Tão gentil durante o recado... a mesma coisa na despedida. Logo soube do que se tratava: enquanto você ia, percebia em mim nuances de amor e esperança.
Basta crer pra saber que foi de Fé a sua mensagem.
sábado, 2 de janeiro de 2021
sábado, 21 de novembro de 2020
Versos urgentes: a vida, mudanças e repentes
Não, não adianta fazer esse olhar esquivo
A tua angústia continua aí, escancarada
Você pode procurar outros cantos, mas vai ser encontrado
Acontece, meu bem, que não sou eu que te procuro
Nem é minha culpa se temos nos encontrado
Você mostra um medo tolo, de moleque assombrado
Não há o que temer, você sabe
Tem essa coisa: fluida, sublime, que arde
Começa aqui dentro e, quando a gente vê, transcende, transborda, espalha
É isso? É isso que te assusta?
Te vejo em negação e, confesso, é das coisas que mais me entristecem
A tua indiferença encobre um medo
Teu maior impedimento é você mesmo
Você disfarça, com vestes baratas que não encobrem,
A covardia de quem teme a mudança
Eu gostava de te olhar, só por olhar mesmo!
Teu jeito sério e comprometido, tem um quê de artista, algo de mestre
Tão bom em decifrar o outro, mas por que não olha o próprio umbigo?
Meu bem, os anos passaram e você não aprendeu a mais importante lição?
É preciso abraçar a vida e os seus repentes
Não de qualquer jeito, com coragem e entusiasmo!
Mas, sabe, eu tive o tempo que precisava
Hoje eu sei da tua sagacidade
Você há muito percebeu a cronologia e o que tinha nas entrelinhas daquilo que escrevo
De fato, o início desses versos coincide com o começo da nossa história
Que existe, apesar de não termos vivido
Só não percebeu que o tempo, invariavelmente, verso a verso, passou
E hoje, não há mais muito a ser dito, só que ando cansada
E por esse motivo, nem preciso pensar em outros, encerro este poema
Com um verso que não é meu, pois estava com preguiça
Deixo-te um verso de Clarice,
Que fala de histórias como a nossa, sem começo:
“Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo”.
Giovana da Rocha
sexta-feira, 6 de julho de 2018
I miss you
I would speak about the parts that hurt me. And take the risk of exposing myself by pointing out every detail that matters. Oh, my darling, I lived so many horrors that I'm afraid, too afraid of them repeating. I feel a constant fear of having my weakness exposed.
Oh, it's so much thing. I think I'd get lost in the beggining. But truth is that, from that moment on, I always run away. Cause people seem evil and I'm not used to good things happening to me.
Forgive me... please, for the good I have not done. I was looking throw your good eyes and trying to find some devil inside. I was too afraid of the potential bad you could also do to me.
domingo, 28 de janeiro de 2018
Deve haver algo de bonito nisso. Veja bem: ainda ontem, Dona Maria, que está hospedada em casa, contou que perdeu quase todos os seus móveis devido à queda do teto da casa. Disse que nem viu nada disso acontecer. Estava apavorada procurando seus meninos pela rua... eles tinham saído horas antes pra brincar. Azarada ou sortuda? Bem, ela perdeu tudo, mas se não tivesse saído, talvez fosse mais um número das estatísticas de mortos e feridos. Não estou dizendo que acho bom qualquer que seja o tipo de tragédia. É só que não seria justa a vida se só trouxesse dor.
Ela machuca, mas traz coisas belas após. Ela leva muito, mas o pouco que resta, seja a esperança de um amanhã melhor, seja o apoio de amigos e familiares queridos, ou mesmo uma lembrança boa... tanto faz! O fato é que nesse instante em que nos vemos sem rumo e nos deparamos com a saída toda apagada, as boas escolhas surgem. Nessa hora, entendemos com maior clareza o que importa e o que pode ficar para depois.
Quando sobrevivemos a algo que abala nossas estruturas e sufoca nossas entranhas a ponto de pensar que não será possível sobreviver, nos vemos na obrigação de fazer algo, de rascunhar um novo início, de mudar. Vemos que ainda não fizemos e nem fomos o suficiente. Passamos a dar mais tempo e carinho àqueles que nos amam porque já sentimos na pele o sopro que a vida dá. E finalmente entendemos que quem está aqui hoje, não há garantias de que amanhã vá estar. A gente percebe o quão importante é investir em quem somos, lutar pelo que acreditamos e dedicar-nos mais a quem amamos. Que todo o resto, apesar de importante, podemos deixar para depois.
Há uma semana, inúmeras almas tiveram suas vidas abaladas. Precisaram reerguer suas casas. E reescrever suas histórias. É tanta gente corajosa buscando força que posso sentir daqui. É um povo lindo. Eles vão cuidar de si, e vão deixar o Azulzinho ainda mais bonito. E como eu sei disso tudo? Porque é um povo forte. Têm sangue de guerreiros.
Anota aí: o povo resiste. O morro resiste. E amanhã, eu juro, o dia nascerá melhor.