O mundo precisa de você inteiro pra poder brilhar.
Pesquisar este blog
domingo, 28 de maio de 2017
sexta-feira, 26 de maio de 2017
..
Não perca a doçura
Nunca deixe de amar
Você só experimentou a amargura
De quem não sabe te valorizar
Nunca deixe de amar
Você só experimentou a amargura
De quem não sabe te valorizar
sábado, 20 de maio de 2017
.
I'd rather believe you're a completely sick man.
It would be less painful.
But I'm afraid your problem is in character.
Much worse.
It would be less painful.
But I'm afraid your problem is in character.
Much worse.
VIVER
Viver é
Dar a cara pra bater
É subir no tatame
Sem nunca ter lutado
É carregar as dores do mundo
E não poder enterrá-las,
Em algum ponto do percurso,
Quando já estiver bem cansado
É levar tiros de bala perdida
É apanhar sem meter-se em briga
É ser apunhalado pelas costas
Por falsos amigos
Viver é
Amar e não ser amado
É doar-se e não ser retribuído
É ser lembrado quando precisam
E o resto do tempo,
Ser completamente esquecido
Viver
Não é mesmo fácil
Dá vontade de sumir, fugir
E mandar tudo à merda
Viver poderia ser,
Num instante de sorte e coragem,
Encontrar um ponto final
Pra colocá-lo no lugar da próxima vírgula
Viver poderia ser,
Graças a esse ponto,
Pôr fim a essa história injusta
Que desgasta tanto
E só nos machuca
Dar a cara pra bater
É subir no tatame
Sem nunca ter lutado
É carregar as dores do mundo
E não poder enterrá-las,
Em algum ponto do percurso,
Quando já estiver bem cansado
É levar tiros de bala perdida
É apanhar sem meter-se em briga
É ser apunhalado pelas costas
Por falsos amigos
Viver é
Amar e não ser amado
É doar-se e não ser retribuído
É ser lembrado quando precisam
E o resto do tempo,
Ser completamente esquecido
Viver
Não é mesmo fácil
Dá vontade de sumir, fugir
E mandar tudo à merda
Viver poderia ser,
Num instante de sorte e coragem,
Encontrar um ponto final
Pra colocá-lo no lugar da próxima vírgula
Viver poderia ser,
Graças a esse ponto,
Pôr fim a essa história injusta
Que desgasta tanto
E só nos machuca
sábado, 6 de maio de 2017
Homens
Os homens sem família
Dormem sem abrigo
Os homens sem amigos
Conversam sozinhos
Os homens descalços
Não se queimam no asfalto
Os homens sem agasalho
Resistem ao frio
Os homens sem dinheiro
Imploram migalhas
São homens de braços fracos
Que lutam pela vida
E homens analfabetos
Com histórias sofridas
São homens:
De olhos, boca
Ossos e carne
São homens que caminham desapercebidos
Homens que carregam histórias
E não as compartilham
São homens cansados
sexta-feira, 5 de maio de 2017
segunda-feira, 1 de maio de 2017
Instante infinito
Tão bons aqueles instantes,
Ainda que breves,
Em que você está no comando
Da própria vida
Você define as rotas
E manda as frotas seguirem
Pelo rumo escolhido
Quem dera pudesse,
Num desses instantes,
Sonhar que tudo é permitido
Eu aprisionaria o tempo
Só pra criar um instante infinito
Tão lindo seria
Para sempre escrever a própria história
Sem precisar mudá-la
A cada pedra que surgisse
Quem dera pudesse,
Sem a interferência de terceiros,
Poder tomar as rédeas,
Ser autor e dono do próprio destino
Giovana da Rocha
Giovana da Rocha
terça-feira, 25 de abril de 2017
Sobrevivência é a lei da vida
Ateio fogo
Incendeio
Maldigo
Destruo
Que vá para o inferno
Que se foda essa desgraça
Que é a vida
Palhaçada
Show de horrores
Tira a gente do berçário
E põe num tatame
Porrada
E mais porrada
Caralho,
A gente é iniciático,
E com quem a gente luta?
Boa noite a todos,
Rede Bobo está no ar
Hoje é dia de MMA
A luta promete
Deem as boas-vindas a
Otário Fracasso
e
Anderson Silva
Otários,
Não preciso de um nocaute
3 a menos dentes, cara inchada
E 2 ossos quebrados
Eu não preciso disso pra aprender
Que sou um bosta
A gente apanha,
E aceita como fato
Alguns se matam
Outros aprendem a bater
Sobrevivência é a lei da vida
Me pergunto
A gente apanha tanto
E não pode nem chorar
Faço monólogos
Podiam ser narrativas, discursos, crônicas
Mas monólogo combina mais,
Espelha-se na vida
Você sabe que ninguém vai ouvir
E os que ouvirem,
Não terão escutado
Então você grita
E nada
Então você escreve
E depois fala sozinho
Você
Pensa mais, por vezes fala
Finge que escreve,
E fala sozinho
Até porque as pessoas têm ouvidos
Mas quem disse que para ouvir?
Que não estou no páreoEnfia um Anderson Silva
A gente leva porrada
E aprende, é fato
Mas q
domingo, 23 de abril de 2017
Black bird
Um passarinho,
Pequeno, preto e triste,
Veio até mim
Trouxe-me um recado cujas linhas diziam:
"Não há coração para toda a dor
Eu entendo, eu entendo a sua dor
Eu não te julgo, menina
Respeito toda e qualquer decisão
São válidas todas e quaisquer estratégias
Contanto que acabem com essa solidão."
Ele era preto, sim
Mas nenhum,
Por mais branco que fosse,
Traria tamanha paz
Giovana da Rocha
Pequeno, preto e triste,
Veio até mim
Trouxe-me um recado cujas linhas diziam:
"Não há coração para toda a dor
Eu entendo, eu entendo a sua dor
Eu não te julgo, menina
Respeito toda e qualquer decisão
São válidas todas e quaisquer estratégias
Contanto que acabem com essa solidão."
Ele era preto, sim
Mas nenhum,
Por mais branco que fosse,
Traria tamanha paz
Giovana da Rocha
terça-feira, 11 de abril de 2017
GRITARIA
Pra quê forçar a voz? Alguém ouviria?
Cordas vocais não são nada quando o mundo é gritaria
.
Voz é barulho, nascido e feito pro silêncio
Entenda.
Não adianta gritar enquanto o mundo for gritaria
Se preciso for, saia
Ou mude-se de lugar
Só não se demore
E não perca tempo onde não podem te escutarGiovana da Rocha
domingo, 2 de abril de 2017
Autodeclarada sobrevivente
Costumava gostar de você
Forte
Prolongado
Leve
Breve
Do jeito que fosse
Eu não pedia muito
Eu só queria senti-lo em mim
Chamava
Nunca vinha
Eu era inteira, mas eu queria aquele sopro
Que me chacoalhasse
E tirasse a poeira
Faltava o sopro,
Sopro que viesse,
Que mostrasse ao mundo para que as cortinas servem
Acostumei-me a ser cortina
- Não de verdade -
Mas cortina de enfeite
Enfeitava sua janela
Enquanto você tirava férias
Ansiosa,
Estática
Perdi a conta:
Foram dias
Tardes
Noites
Vendo através das janelas
Nosso velho jardim
- hoje mato esturricado
terreno abandonado
deserto
semi-árido sem fim-
Ainda não entendo:
Você me escolheu
Dependurou-me
Disse que seria cortina
Que era pra embelezar a casa
Depois calou-se
Tirou férias,
Partiu
O destino? Malibu
Malibu deve ser mesmo linda
De certo, envolvente
Maldita seja
Maldita Malibu
Fiquei triste
Adoeci tentando entender
Você dizia que eu era linda
E que estava feliz com o nosso jardim
Mentiroso
Mascarou a verdade
Mentiu
Não me disse
Por que não contou?
Que minha função era não ser nada?
As férias acabaram
Aguentei firme
Da maneira que pude
Mais dias
Meses
Um
Dois
Três anos
Férias prolongadas
Eu perdoei-te,
O tempo todo
Você brincou comigo,
Mas com o tempo não se brinca,
Ele não perdoa:
Fez ao suporte o que faz com os ossos
E às argolas o que faz aos dentes
Hoje sou o que restou
Autodeclarada sobrevivente
Argola presa à madeira podre,
Que já não segura os panos direito
Houve um tempo
Em que busquei válvulas de escape
Hoje agarro-me na esperança de encontrar
Alguém
Algum ser empático
Que se interesse em ajudar-me a fazer
O que já não consigo sozinha
Alguém que ofereça reparo
A essa destruição que sofrem os seres trocados
Abandonados
Deixados sozinhos
Sem qualquer motivo
Giovana da Rocha
Giovana da Rocha
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
Arritmia
O que tem de café hoje?
Nossa, que fila!
Espera
Espera
E
s
p
e
r
a
Espera
Chega a vez,
Sorri, levanta o crachá,
E diz: Bom dia!
Ele responde: Bom dia!
Meu Deus, como gostaria de explicar
De transformar em palavras o que aconteceu de diferente
Naquele dia,
Naquele bom dia
Coração bateu forte, devagar, rápido!
Arritmia
Quem era esse,
O maluco maravilhoso do bom dia?
Giovana da Rocha
Giovana da Rocha
sábado, 29 de outubro de 2016
APESAR
Apesar da dor,
Giovana da Rocha
Do medo,
Da insegurança
Apesar de tudo,
Das migalhas e da miséria,
Insistia
Tentava
E Fingia
Tentava ser quem não era,
Fazer o que não podia
E crer até no que não cria
Deixava de ser quem era
Só pra ser quem ele gostaria
E, mesmo assim,
Foi pouco,
Muito pouco
E se fizesse mais,
Não seria o bastante
Ele só se contentaria
Quando tirasse dela
Aquele que ainda batia
Giovana da Rocha
D O R
Depois de tantos tombos, tapas e porradas, a gente produz morfina. A gente passa a se defender da dor. A gente se torna imune a ela.
Giovana da Rocha
Giovana da Rocha
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
Saravá, Omulu!
Tô nervoso e triste,
Agonia pra mais de mês
De ansiolítico já tô farto
Vou lá no terreiro,
Que pros guias não tem vez
Vou sim,
Vou no terreiro,
Que é pro guia dar conselho
Vai ser bom, lá
Ele tem ajuda do orixá
Minha perna tá inchada,
Não ando,
Só consigo me arrastar
Não sei mais o que faço
Doutor nenhum foi capaz de me curar
Dormec, diurit, clorana
Nenhum desses adiantou
Essa dor tirana,
Vou buscar o meu mentor
Lá na rua encontrei Dona Vitória,
Ela teve inchaço tipo o meu
Disse que Omulu iluminou o guia
E a curou antes que acabasse o dia
Omulu é orixá dos bons,
Dos que fazem dor virar alívio
O doutor não me acalmou,
O remédio não funcionou
O jeito é ir pro terreiro,
Que de lá eu volto inteiro
Dona Vitória se deu bem,
Contou que o guia é calmo como ninguém
Omulu vai acalmar o espírito,
Vai tirar a minha dor
Eu creio no bem do terreiro,
Ele é maior que qualquer doutor
Giovana da Rocha
Poema apresentado na avaliação de Studium Generale do 2º Período da Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos. Data: 18/09
Conceitos escolhidos: religiosidade e medicina popular.
Agonia pra mais de mês
De ansiolítico já tô farto
Vou lá no terreiro,
Que pros guias não tem vez
Vou sim,
Vou no terreiro,
Que é pro guia dar conselho
Vai ser bom, lá
Ele tem ajuda do orixá
Minha perna tá inchada,
Não ando,
Só consigo me arrastar
Não sei mais o que faço
Doutor nenhum foi capaz de me curar
Dormec, diurit, clorana
Nenhum desses adiantou
Essa dor tirana,
Vou buscar o meu mentor
Lá na rua encontrei Dona Vitória,
Ela teve inchaço tipo o meu
Disse que Omulu iluminou o guia
E a curou antes que acabasse o dia
Omulu é orixá dos bons,
Dos que fazem dor virar alívio
O doutor não me acalmou,
O remédio não funcionou
O jeito é ir pro terreiro,
Que de lá eu volto inteiro
Dona Vitória se deu bem,
Contou que o guia é calmo como ninguém
Omulu vai acalmar o espírito,
Vai tirar a minha dor
Eu creio no bem do terreiro,
Ele é maior que qualquer doutor
Giovana da Rocha
Poema apresentado na avaliação de Studium Generale do 2º Período da Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos. Data: 18/09
Conceitos escolhidos: religiosidade e medicina popular.
quinta-feira, 16 de abril de 2015
D I C O T O M I A
Aquele jeito, que asco me dá!
Aquelas palavras, tão suaves e macias,
Quem diria!
O olhar que brilha, como alguém encantado,
É mentira!
Na contramão do caminho, a sargenta:
Tão insensível e inabalável
A sargenta
Que de sargenta nada tem!
Que de sargenta nada tem!
É tudo mentira
Nem ele, nem ela
Nada
Nenhum deles existia!
Amigos, abram os olhos!
Nunca, em hipótese alguma, se deixem levar:
O jeito grácil, quase inofensivo, é mentira!
Que horror, que repúdio me dá!
Mulheres e homens, escutem:
As palavras doces que embevecem,
Empacotam a alma e te levam ao paraíso
São insultos, deboches
Atentem-se!
E, em hipótese alguma, se julguem diferentes
Vai ser mentira!
Pois somos todos iguais
Os olhares que brilham
Não têm brilho algum
Eles apenas refletem:
Refletem o brilho das carnosas e fedorentas fezes
Evacuadas e declamadas com muito esmero,
Pensadas em você!
Não se deixem levar pelos olhares,
Eles até existem,
Mas brilham para qualquer tolo:
Brilharam para mim,
E mal vêem a hora de brilhar por você
Tire essa farda suja e mentirosa,
Jogue-a fora!
Você não é tão forte,
Você também quer aceitar as mãos suaves
Você não é tão forte,
Você também quer aceitar as mãos suaves
E as palavras doces e macias!
Então repito:
A farda não faz o sargento,
A farda não faz o sargento,
E sargentos não existem
O mundo é dicotômico:
Há os brutos e os frágeis
Há os brutos e os frágeis
E, é claro, alguns brutos bem trajados
Por isso, prefiram os olhares tolos
Os jeitos bobos e que não encantam tanto
Tudo, quando brilha e parece perfeito demais,
É mentira!
Repito o conselho:
Repito o conselho:
Usar farda não te torna sargento
E sargentos não existem
O mundo é dicotômico
O mundo é dicotômico
Há brutos e frágeis,
E antes tolo do que bruto
Pois o tolo não machuca
E não te entorpece com mentiras
Giovana da Rocha
E antes tolo do que bruto
Pois o tolo não machuca
E não te entorpece com mentiras
Giovana da Rocha
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Sala de Espera
Sei que todos têm sua hora
E estou certa de que a minha há de chegar
Ansiosa, portanto, espero
Espero pela vinda de quem mal posso esperar
Pego um pano,
Que é para limpar cada cristal de meu lustre
A casa deve estar bela,
Em plena sintonia com a canção
A música, a tal canção, vinha de fora
De algum lugar bem distante
Eu não a ouvia bem,
Mas de sua letra um trecho me soava bem claro
Era como um refrão:
Não tenha pressa
Não tenha pressa
Queria sair, escolher o melhor lugar da plateia,
Esperar o sinal do maestro e ouvi-la
E ouvi-la por completo
Dizia minha velha avó que não vivemos presos:
"Minha filha, tenha calma, um dia a porta se destranca"
Decidi fazer da casa um lugar mais confortável
Devia ser bela, aconchegante e cheia de janelas
Bela, para que os olhos não se cansassem
Aconchegante, sim, pois a espera costuma ser longa
Janelas, para que o mundo não ficasse tão distante
Para que o vento entrasse
E me trouxesse a sua canção
Longe, lá de longe,
A música vinha como uma brisa
Suave, reavivante
Eu não a ouvia bem, é certo
Mas ela me visitava todas as manhãs
Não, eu não estava sozinha
A porta estava trancada
Mas as janelas iluminavam meus dias
Depois de tudo organizado,
Conclui que a sala estava pronta
Diferente de tudo que já vi!
E então, pude dedicar-me mais à música
Dias
Noites
Mais dias
E noites
O tempo foi passando
Mas o refrão era somente o que eu escutava:
Não tenha pressa
Não tenha pressa
Com o coração manso
E os olhos já cansados
Decidi que precisava dormir
O céu se fechava,
Uma tempestade estava por vir
Fechei as janelas, os olhos
Embalei o coração
Durante o sono, um estrondo
Levantei-me depressa!
Um raio? Trovão?
O que seria?
As janelas continuavam fechadas,
Intactas
Os móveis, cada um, em seu lugar
Mas a porta, ah, a porta!
Esta se abrira
Esperei que a Manhã chegasse,
Seria maravilhoso recebê-la
Em poucas horas ela chegaria,
Decidi escancarar as janelas todas
E, depois disso, ficar à entrada de casa
Ao clarear o dia, sem um minuto de atraso,
Ela chegou
Emocionada, eu disse:
Entre, por favor!
Sorridente, replicou:
Será um prazer!
Meus móveis sorriam
Faziam do dia um momento mais que especial
Ela sentou-se
E, por um instante, hesitei:
Não sabia ao certo o que dizer
Mas, danada que era, ela me conhecia
Olhando em meus olhos, pronunciou:
Não é preciso dizer nada;
Feche os olhos, prepare a alma
E sorria, menina:
Sorria, que não esqueci-me de você
De olhos fechados, aguardei o que estava por vir
E então, ela me disse:
Eu trouxe a música,
Chegou sua hora de ouvir
Giovana da Rocha
Assinar:
Postagens (Atom)